EGITO
BLACK DESERT e WHITE DESERT
Para os antigos egípcios a civilização existiu apenas no Vale do Nilo, conhecido como a Terra Negra pela cor de seus ricos depósitos aluviais.
Ao perceber que assentamentos humanos existiam também na chamada Terra Vermelha, o deserto no lado ocidental do rio Nilo, os governantes do Egito passaram a contar com os oásis como fontes de mercadorias exóticas e potenciais pontos de parada para invasores.

Nosso dia começou com uma viagem de quatro horas desde o hostel até o oásis Bahariya, realizando um dos sonhos das nossas vida: cruzar o deserto, de leste à oeste, em uma longa e vazia estrada que leva ate a Líbia. Por este caminho poucos andam. Cruzamos por alguns automóveis e caminhões transportando batatas.



OÁSIS BAHARIYA
Existem cinco oásis no deserto ocidental: Bahariya, Farafra, Dakhla, Kharga e Siwa. Cada um é diferente devido às suas diversas paisagens e grau de modernização.
Os desertos preto e branco atraem visitantes para Bahariya e Farafra, pelos templos romanos e vilas fortificadas em seu interior. Os Oásis akhla e Kharga são cidades modernas e o Oásis de Siwa, perto da fronteira com a Líbia, é o exemplo mais impressionante no qual seu povo tem idioma e costumes desconhecidos no restante do Egito. Suas cidadelas em ruínas, palmeiras exuberantes, piscinas límpidas e dunas de areia dourada resumem o fascínio de os oásis.
O Oásis Bahariya, com apenas 94 km de comprimento e 42 km de largura, é conhecido por ter estado sob o controle faraônico quando exportava vinho para o vale do Nilo, e mais tarde prosperou como uma artéria entre o Egito e a Líbia com exércitos árabes, mercadores e peregrinos.





Após o almoço visitamos o poço de água natural que abastece o Oásis Bahariya. Foi então que descobri que eles não são naturais e sim construídos pelos homens. Nosso guia contou que em todo o deserto, 400 metros abaixo do solo, tem água puríssima que serve aos oásis.
BLACK DESERT
O próximo destino foi o Deserto Negro, uma região de montes em forma de vulcão distribuídos ao longo de cerca de 30 km no oeste do Egito, cobertos por soleiras de basalto, resultado das larvas dos antigos vulcões, dando-lhes uma característica de cor preta.



WHITE DESERT
Na sequência visitamos o Deserto Branco que cobre mais de 2,8 milhões de quilômetros quadrados começando às margens do rio Nilo até a Líbia. Nele contém os cinco oásis isolados: Kharga, Dakhla, Farafra, Bahariyya e Siwa.
Suas magníficas salinas rochosas se formaram a partir de erosões eólicas quando o deserto deixou de ser mar.



Na estrada que vai entre o Oásis de Farafra e o Oásis de Baharya, vimos inusitadas formações rochosas. Algumas se parecem com animais ou cogumelos e outras têm formas totalmente únicas, esculpidas ao longo de várias eras pela ação dos ventos. Esta área é uma verdadeira galeria de arte a céu aberto.




Neste magnífico deserto branco se encontra Al Qubar, o dedo de Deus, uma formações rochosas de 20 metros de altura que podem ser vistas de muito longe.
Ninguém jamais acreditaria que esse deserto estivesse coberto de um mar nos tempos antigos e que o giz branco que formava todas essas rochas fosse depositado nesse mar.
Se alguém der uma olhada mais de perto nas rochas do deserto branco, pode notar que há conchas nos corredores entre as rochas.



Éramos cinco os participantes desta fantástica viagem em uma camionete Toyota subindo e decendo as dunas dos desertos negro e branco: Amanda, Stefan, Juan, Hammed e eu.



O encantamento aode cruzar entre as dunas de areia negra para depois encontrar com montes brancos tornou nossa viagem ao Egito melhor do que poderíamos imaginar.



A área escolhida para o nosso acampamento foi uma das formações rochosas mais conhecidas: Cogumelo.
Existem outras também famosas: Andorinha, Esfinge e Aldeias dos Índios.


A noite o deserto se tranforma em um lugar mágico. O som so silêncio toca a música dos anjos. Na negritude do céu as estrelas surgem, brilhantes, criando este cenário vivo.

Os guias armaram as barracas e prepararam o jantar onde o aconchego criou momentos inusitados. Após o jantar eles tocaram e cantaram para nós.
À noite o deserto congelou meu corpo. O frio era intenso. Olhei para fora da barraca e admirei o enorme céu cheio de estrelas. O vazio da imensidão negra causou em mim uma sensação de poder, quando agradeci à Deus pela existência.



Cedinho da manhã o sol nos acordou iluminando o céu do deserto no Egito.

Todas as manhãs o sol acorda o deserto. Nesta hora nos reunímos para o café e nos despedimos do passeio mais lindo feito por nós no Egito.



Se o tempo não nos levasse para longe, teríamos ficado para sempre contemplando este mais belo cenário já visto em nossas vidas.

No Egito conheci a capital, pirâmides, templos e desertos: