ISLÂNDIA
REYKJAVIK, capital
A charmosa cidade de Reykjavik fica na costa oeste da Islândia. Ela é a capital do país e a maior cidade, linda por sua excentricidade e pela paisagem no seu entorno.
Fundada em 1785, cresceu constantemente nas décadas seguintes, sendo hoje um centro nacional de comércio e de atividades governamentais.
Chegamos às 14hs no Keflavík International Airport, em um cidade próxima de Reikjavik. Nos dirigimos em um transfer até a estação de ônibus, caminhamos para o Hllemur Square Hostel no centro da cidade onde nos hospedamos durante as primeiras três noites.
Adriane e eu constumamos ser independentes nos deslocamentos das nossas viagens, mas como na Islândia tem pouquíssimos horários de ônibus urbanos para a locomoção do aeroporto para a cidade, contratamos um transfer, o que facilitou bastante. Inclusive, a maioria dos passeios foram feitos com tours.
A viagem de ônibus até Rewkjavik foi excelente e as paisagens me comoveram pelo contraste do tom escuro do marrom da terra islandesa com as manchas do branco da neve, uma paisagem que eu desconhecia até aquele dia.
Sua beleza seguia nos encantando durante a viagem e, na estação de ônibus, fomos recebidas por este explêndido pôr do sol.
Na primeira noite embarcamos em um tour para ver a aurora boreal que não nos presenteou com sua presença, apesar de ser uma noite de céu negro e limpo e pudemos ver as constelações.
SEGUNDO DIA EM REIKJAVIK
No dia seguinte embarcamos em um tour que nos levou até um spa termal no meio do gelo perto de Reikjavik. Certamente, este foi o melhor dia desta viagem, no qual aproveitamos para mergulhar nas águas maravilhosas do Blue Lagoon, onde passamos algumas horas nos divertindo e curtindo a água, o vapor quente que contrastava com o frio e a beleza da natureza com gelo ao redor dele.
TERCEIRO DIA EM REIKJAVIK
No dia 24 de Dezembro, véspera de Natal, saímos para conhecer Reikjavik e começamos caminhando pela orla do mar, uma estrada chamada Sæbraut, que tem uma vista espetacular.
THE SUN VOYAGER
The Sun Voyager, criada pelo escultor islandês Jón Gunnar Árnason, está localizada na beira do mar da avenida Sæbraut e é descrita como o barco dos sonhos, pois o artista pretendia transmitir a promessa de um território não descoberto, um sonho de esperança, progresso e liberdade.
A obra é uma mistura de um barco com um esqueleto de uma baleia construída em aço inoxidável e colocada em um círculo de granito cercado por concreto.
PORTO DE REYKJAVIK
Seguindo pela orla do mar fomos até o cais do Porto de Reykjavik, onde cerca de 147.000 passageiros em 167 navios de cruzeiros viajam pelo mar todos os anos, provando que o interesse pelas viagens oceânicas na Islândia é excelente, sendo elas um contribuinte essencial para economia do turismo do país.
HARPA CONCERT HALL AND CONFERENCE CENTRE
O Harpa, uma estrutura de aço revestida com painéis de vidro de formas geométricas de cores diferentes, que foi projetado pela empresa dinamarquesa Henning Larsen Architects em cooperação com o artista dinamarquês-islandês Olafur Eliasson.
Este tesouro oferece excelentes instalações para concertos, conferências, exposições, reuniões e eventos culturais.
Parecendo um precioso diamante, com seus vidros recortados e colocados em forrma de cilindros sextavados, este tesouro oferece excelentes instalações para concertos, conferências, exposições, reuniões e eventos culturais.
TJöRNIN
Caminhamos por cima de Tjörnin, uma lagoa que durante o inverno congela e é usada para patinação no gelo. Ela fica no centro da cidade, está rodeada de edifícios importantes e o parque Hljómskálagarður, um exuberante espaço verde com um lago que atrai uma variedade de pássaros, além de equipamentos para brincar e estátuas.
NATAL EM REYKJAVIK
A noite de Natal em Reikjavik estava lindamente iluminada. Passear no silêncio estava delicioso, principalmenteo quando as ruas da cidade se escaziaram na calada da noite.
Optamos por curtir nossa noite de natal comendo uma comida vegana num restaurante Vietnamita e depois saímos para curtir a noite fria do Natal de Reikjavik, onde encontramos diversos símbolos que representam o folclore de Natal na Islândia, representado pelos Yule Lads, um grupo de 13 brincalhões travessos que roubam ou assediam a população.
Cada um dos Yule Lads têm nomes descritivos que transmitem sua maneira favorita de assediar.
A história conta que eles chegam à cidade um por um durante as últimas 13 noites antes do Natal para deixar pequenos presentes em sapatos que as crianças colocam no parapeito da janela e se a criança foi desobediente, eles deixam uma batata no sapato.
A CIDADE DOS GATOS
Cidade dos gatos é um nome dado a Reykjavík porque muitos gatos são vistos perambulando pelas ruas da cidade. Os gatos vivem soltos e constantemente migram para a casa do vizinho e por isso eles são compartilhados entre todos.
QUARTO DIA EM REIKJAVIK
Na manhã deste dia mudamos para o Bus Hostel que fica um pouco mais afastado do centro, mas que facilitou para algumas visitas, principalmentte Perlan que fica non alto da colina ao lado dele.
PERLAN
Perlan é um museu com uma cúpula de vidro rotativa que fica no topo da colina Öskjuhlíð, cercado por um lindo parque. Considerado um dos marcos da capital islandesa, ele é construído sobre seis tanques de água que juntos armazenam 24 milhões de litros de água quente para Reykjavík.
Este museu me encantou com sua arquitetura que parece uma espaconave, princialmente a noite, quando suas luzes acendem parecendo que vai decolar.
O Perlan tem uma Caverna de Gelo com 100 metros de comprimento e construida com mais de 350 toneladas de neve das montanhas da Islândia. Dentro dela estava muto frio!
No Perlan recebemos informações sobre geleiras do mundo e seu futuro sombrio. Conhecemos todas as geleiras, seus efeitos na terra e o que acontecerá quando a costa dos continentes e algumas ilhas desaparecerão por conta do derretimento das geleiras nos polos norte e sul.
O Perlan também explica tudo, de uma forma muito tecnológica, sobre os habitantes da ilha e dos oceânos.
Um planetário no museu relata tudo sobre como acontece a aurora boreal no nosso planeta. Foi muito interessante saber como o Universo faz coisas tão maravilhosas. Lá fiquei sabendo que, além da aurora boreal no Pólo Norte, também existe a aurora astral, que fica no Pólo Sul.
Uma aurora é uma exibição de luz natural no céu da Terra e são o resultado de distúrbios na magnetosfera causados pelo vento solar.
Às vezes, esses distúrbios são fortes o suficiente para alterar as trajetórias de partículas carregadas no vento solar e no plasma magnetosférico. A ionização e a excitação resultantes dos constituintes atmosféricos emitem luz em cores.
DANSLEIKUR
Na saida do Perlan encontramos essas esculturas figurativas incomuns. Este grupo de quatro músicos dançantes alieníginas foi criado pela artista plástica Torbjorg Palsdottir em 1970.
QUINTO DIA EM REIKJAVIK
Apesar de estar chovendo, neste dia fomos para o noroeste de Reikjavik visitar o Grotta Lighthouse, um pequeno farol no ponto mais a noroeste de Reykjavik, na Islândia. Localizado na península de Seltjarnarnes, um local perfeito para desfrutar do ar livre, passear e observar as paisagens e os pássaros.
SELTJARNESKIRKIA
Na volta do Grotta Lighthouse, passamos por uma parte da cidade em que não é para muitas atrações turísticas, mas que realmente chamou nossa atenção pela sua beleza por suas casas, o bairro que tem esta famosa obra arquitetônica, a Seltjarnarneskirkja, desenhada pelo Arquiteto Hörður Björnsson em 1989.
Além de igreja, o espaço também é ocupado pelo centro comunitário do bairro. Com um telhado facetado revestido com chapas de aço brancas e composto por quadrados rotativos sobrepostos, a forma do telhado é articulada de forma que, por dentro, pequenas lacunas deixam a luz entrar na igreja que fica no piso superior, criando cenários muito lindos.
A Seltjarnarneskirkja está localizada na colina, com uma bela vista da baía de Reykjavik.
IGREJAS EM REIKJAVIK
A maioria dos islandeses (80%) é membro da Igreja Luterana do Estado. Outros 5% estão registrados em outras denominações cristãs, incluindo a Igreja Livre da Islândia e a Igreja Católica Romana
LANDAKOTSKIRKJA
Landakotskirkja, a Basílica de Cristo Rei, é a catedral da Igreja Católica na Islândia.
Ela foi construída em estilo neogótico pelo arquiteto Guðjón Samúelsson, o primeiro icelandês professor de arquitetura, sendo a maior igreja da Islândia na época.
FRÍKRKJAN
O Fríkirkjan, a Igreja Livre em Reykjavik, é uma igreja luterana concluída pelo arquiteto islandês Rögnvaldur Ólafsson.
A fundação da Igreja Livre surgiu de objeções a certos aspectos das organizações da igreja luterana nacional.
Ela seguiu o exemplo de igrejas na Noruega e de comunidades de imigrantes islandeses na América do Norte, desejando aproximar a igreja das pessoas.
HALLGRIMSKIRKJA
No ponto mais alto do centro de Reykjavík, está um dos marcos mais conhecidos e visível em toda a cidade.
Hallgrímskirkja é uma igreja paroquial luterana com 74,5 metros de altura, a maior igreja da Islândia e uma das estruturas mais altas do país.
Ela recebeu o nome do poeta e clérigo islandês Hallgrímur Pétursson, autor dos Hinos da Paixão.
O arquiteto Guðjón Samúelsson a projetou para se parecer com as rochas, montanhas e geleiras da paisagem da Islândia.
SEXTO DIA EM REIKJAVIK
Neste dia embarcamos às 7hs da manhã no ônibus para um tour que nos levou até Jokursalrón, uma viagem de 8hs para conhecer a maravilhosa praia de areias negras com enormes blocos de gelo.
SÉTIMO DIA EM REIKJAVIK
Por todos os lados Reikjavik é possível ver as encantadoras casas e telhados coloridos, assim como as pinturas nas suas paredes.
Pinturas de aves e animais exóticos forram as paredes de edifícios ou de recantos aconchegantes, uma arte muito ulizidada em Reikjavik.
Até a rua principal, que é pintada nas cores do arco iris, enfeita a cidade. No final dela se pode ver a Hallgrímskirkja apontando para o alto.
OITAVO DIA EM REIKJAVIK
Na época do Natal as casas brilham à noite em reikjavik.
Nas janelas de muitas casas na Islândia é costume colocar modernas arvorezinhas de madeira com lâmpadinhas em forma de velinhas de Natal.
Antigamente se usava velinhas de verdade, como esta que vimos numa loja de antiguidade, um costume islandes que embeleza demais a cidade.
A AURORA BOREAL
Nesta noite, novamente embarcamos no tour para ver a aurora boreal e que nesta noite nos presenteou com sua presença, vista a olho nú.
Como contei anteriormente, fiquei sem a câmera que levei especialmente para fotografar a aurora boreal. Assim, um inglês que estava conosco no ônibus, gentilmente forneceu estas fotos da bela aurora que vimos naquela noite.
NONO DIA EM REIKJAVIK
Neste dia saímos para o Golden Circle Tour que nos levou para lugares mais encantadores da Islândia: Geyser, Kerid Crater, Almannagjá e Gulfoss.
KERIð CRATER, um dos vulcões...
GULLFOSS, a cachoeira de gelo...
GEYSER , sem palavras...
ALMANNAGJÁ, o desfiladeiro...
Na Islândia não existe árvores e as poucas que se vê por lá foram importadas. Também não existe agricultura, pois a terra é coberta da lava dos vulcões criando uma paisagem exótica, e a pecuária é escassa com apenas ovelhas. Nas viagens pelo interior da ilha vimos fazendas com cavalinhos do tipo pônei.
CAVALOS IRLANDESES
Os cavalinhos islandeses são um tipo pequeno de cavalo selvagem, geralmente do tamanho de um pônei e de cor escura, que devido à falta de uma natureza mais abastada, os mais velhos costumam morrer de fome pelos dentes desgastados por uma vida inteira de exposição à areia e a grama dura pela lava dos vulcões.
DÉCIMO DIA EM REIKJAVIK
As férias estavam terminando e havia chegado a noite mais importante do ano, a que nos levou para a Islândia para vivenciar um momento commpletamente novo nas nossas vidas: o Bonfire iislandês era a grande atração daquela noite.
BONFIRE
A véspera de Ano Novo da Islândia é considerada uma das celebrações mais impressionantes do mundo.
Bonfire, as fogueiras tradicionais da véspera de Ano Novo têm suas origens na Idade Média, quando as pessoas construíram fogueiras para queimar as coisas antigas que não eram mais necessárias.
Em Reykjavik são armadas diversas fogueiras onde os habitantes se reúnem, cantam e dançam enquanto esperam o Ano Novo chegar. À meia-noite o céu se abre com milhares de fogos de artifício disparados por toda a cidade.
É possível fazer um tour noturno por Reykjavik para visitar as fogueiras, curtindo o espírito festivo e cantando no último dia do ano, mas nós optamos por participar de um deles no bairro de Skerjagarðar e conhecer um pouco mais de perto as pessoas da comunidade.
Logo que chegamos no bairro, encontramos a vizinhança reunida na calçada acendendo as tochas e se preparando para caminhar até a fogueira, que já estava armada na beira da praia.
Seguimos caminhando com as famílias até a praia onde, segundo a tradição islandesa, cada um com sua tocha ateou fogo nela, para depois cantar e dançar em roda.
FOGOS EM REIKJAVIK
Logo após o evento do Bonfire fomos ver os fogos na Hallgrímskirkja, o melhor ponto para se comemorar o Ano Novo em Reikjavik.
Os fogos começam a aparecer no céu da cidade antes da meia note e seguem brilhando até a 1h na madrugada, do primeiro dia do ano.
À meia noite o céu da cidade estava completamente iuminado.
Ainda havia fogos no céu quando descemos a rua colorida que chega na Hallgrímskirkja.
FINALIZANDO A NOITE NA BALADA
Encerramos nossa noite festiva no Icelandic Craft Bar ouvindo rock com uma banda islandesa sensacional e tomando um shot de Brennivin, uma vodka islandesa feita de substâncias fermentadas, feita como grãos, batatas, frutas ou açúcar.
Brennivin é uma bebida destilada de aguardente considerada o licor de assinatura da Islândia. Ela também é chamada Svarti dauði, significando Peste Negra.
Na madrugada do dia primeiro de janeiro de 2020, voltamos caminhando pelas ruas de Reikjavik.
Chegamos alegres no hostel e descansamos um pouco até as 4hs, quando embarcamos no ônibus que nos levou até o aeroporto, de onde e voltamos para Dublin num avião da Icelandair.
Foi quando o Covid chegou e ficamos quase dois anos sem viajar.
Na Islândia fizemos tours para diversos lugares, mas na próxima viagem alugaremos um carro para rodar a ilha todinha que deve ser maravilhosa..